Senadores propõem CPI para investigar atuação de influencers que ‘sexualizam’ crianças nas redes; pedido já conta com 16 assinaturas

Foto:  A presidente da CDH, senadora Damares Alves, ao lado do senador Jaime Bagattoli | Saulo Cruz/Agência Senado

Caso Hytalo Santos, denúncias de “adultização” de menores e vídeos com conteúdo sexual envolvendo adolescentes reacendem debate sobre exploração infantil e pressionam Senado por investigação urgente
O senador Jaime Bagattoli (PL–RO) protocolou, no Senado Federal, requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar denúncias de sexualização e exploração de crianças e adolescentes nas redes sociais. A proposta conta com o apoio firme da senadora Damares Alves (Republicanos–DF), reconhecida nacionalmente por sua atuação em defesa da infância e da família.

A iniciativa foi motivada por reportagens de veículos como Brasil Paralelo, Veja e G1, que revelaram casos graves envolvendo influenciadores digitais e conteúdos que expõem menores a situações abusivas. Entre os episódios citados está o caso do influenciador Hytalo Santos, alvo de apurações que evidenciam a vulnerabilidade de crianças e adolescentes no ambiente digital e um preocupante padrão de normalização da sexualização infantil.

O requerimento já conta com 28 assinaturas, número suficiente para viabilizar a instalação da CPI, reunindo o apoio de parlamentares de diferentes partidos.

Sobre o caso

O youtuber Felca viralizou nas redes sociais ao denunciar a “adultização” e exploração de crianças e adolescentes na internet, destacando o caso do influenciador digital Hytalo Santos. O vídeo, que já ultrapassou 26 milhões de visualizações desde a última quarta-feira (6), reacendeu o debate sobre os limites éticos na produção de conteúdo com menores de idade.

Segundo o material, uma das vítimas, conhecida como Kamylinha, ingressou no “círculo de Hytalo” aos 12 anos e permaneceu até os 17, em um ambiente descrito como um “reality show de férias com ex” com conotação adulta. Hytalo é apontado como responsável por criar e publicar cenas que mostravam adolescentes com poucas vestes e em atitudes sugestivas, como Kamylinha “rebolando no colo de outro menor de idade” sob aplausos de adultos.

Ainda conforme a denúncia, essas interações eram transformadas em “produto” para um público adulto, incluindo apresentações com “danças sensuais” em locais onde havia consumo de drogas e álcool. Aos 17 anos, a adolescente teve inclusive um procedimento de implante de silicone exposto publicamente em vídeo de pós-operatório.

A expectativa é que a CPI permita aprofundar as investigações, ouvir testemunhas, requisitar provas e propor medidas legislativas que fortaleçam a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital.
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