Combate ao câncer de pulmão: rastreamento precoce aumenta eficácia do tratamento

Doença de alta letalidade está entre as dez mais incidentes na população do DF; especialista da SES-DF destaca que a melhor prevenção é não fumar e evitar ambientes com exposição à fumaça

Câncer de pulmão é uma doença com alta letalidade, diagnosticada em estágios avançados em cerca de 85% dos casos. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

Assintomático nas fases iniciais, os sinais mais comuns do câncer de pulmão já em fase aguda incluem tosse persistente, falta de ar, rouquidão, perda de peso inexplicável, fadiga e dor no peito. Em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão, celebrado nesta sexta (1) e ao programa “O câncer não espera. O GDF também não”, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) reforça a importância da prevenção e diagnóstico precoce.

A doença está entre os dez tipos mais incidentes na população do Distrito Federal, com taxas estimadas de 12 casos novos por 100 mil homens e 9 por 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Trata-se de uma doença com alta letalidade, diagnosticada em estágios avançados em cerca de 85% dos casos, o que compromete a efetividade do tratamento, ressalta o Referência Técnica Distrital (RTD) em Oncologia e chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da SES-DF, Gustavo Ribas.

“A melhor forma de prevenção é não fumar e evitar ambientes com exposição à fumaça ou vapores. O rastreamento também é uma ferramenta importante, pois o diagnóstico precoce melhora significativamente as chances de cura. Pessoas com risco elevado, como fumantes e ex-fumantes acima de 50 anos, devem ser avaliadas para exames como tomografia de baixa dose”, ressalta Ribas.

Entre os fatores de risco estão o tabagismo, a exposição ao fumo passivo, o uso de cigarros eletrônicos, exposição ocupacional a agentes químicos, histórico familiar de câncer, poluição do ar e doenças pulmonares crônicas.

Outro fator que aumenta o risco de desenvolvimento futuro de câncer de pulmão e doenças respiratórias é o uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes. “Apesar da aparência inofensiva, os vapes apresentam sérios riscos pois contêm nicotina e substâncias tóxicas, como formaldeído, acetaldeído e metais pesados”, explica Ribas.

“Os vapes estão associados a danos pulmonares severos. Além disso, estudos mostram que adolescentes usuários de vapes têm três vezes mais chance de migrar para o cigarro convencional”, conclui o oncologista da SES-DF.
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