Encontro ocorrerá em até 30 dias; objetivo é dar mais segurança a pedestres, ciclistas e pessoas com deficiência

A audiência pública realizada nesta segunda-feira, 28 de julho, deu prosseguimento ao debate sobre a segurança e a acessibilidade das passarelas no Eixão. A sessão, que ocorreu na Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário, foi motivada pela ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) para cobrar melhorias nas passagens e a revisão dos limites de velocidade na via.
O representante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Edvã, defendeu uma abordagem centrada na educação e na fiscalização. Ele lembrou o sucesso da campanha pela faixa de pedestres nos anos 1990, que se tornou um patrimônio cultural de Brasília, como um exemplo do poder da conscientização. Para o coronel, as principais causas dos atropelamentos são fatores como a alcoolemia e o uso do celular ao volante. Ele destacou que "muitas vezes, não há marca de frenagem, indicando que o condutor estava alheio à condução".
O promotor de justiça Dênio Augusto de Oliveira Moura, autor da ação, argumentou que a velocidade é um fator crítico para a segurança. Ele sustentou que, “independentemente de outras causas, a velocidade potencializa os riscos e aumenta a letalidade dos sinistros". O promotor também apresentou o conceito de "Visão Zero", uma abordagem desenvolvida na Suécia que busca criar um sistema de trânsito seguro, no qual os erros humanos não sejam fatais. “Nenhuma morte no trânsito é aceitável", defendeu.
Durante a audiência, especialistas e cidadãos também apresentaram seus pontos de vista. Ao final, foi proposta a realização de uma reunião entre os órgãos do Distrito Federal e a Prourb para discutir propostas concretas para as travessias do Eixão e dos Eixinhos.