Opinião: Candidato ao Senado por Brasilia, Juiz Everardo Ribeiro,diz ser Sérgio Moro o mais hábil político


O POLÍTICO MAIS HÁBIL: SÉRGIO MORO

Sérgio Moro, dentre muitos outros anônimos, era apenas um Juiz Federal em Curitiba – PR.
Mas, a partir de denúncias envolvendo políticos poderosos em negociatas para “lavagem de dinheiro público” convertido em milhões de dólares, cujas atividades criminosas eram processadas por agiotas em Brasília, centralizadas em um posto do combustível de nome Lava Jato, deu-se início a inúmeras apurações e ações penais, as quais, pela sua expressão nacional, passaram a ser designadas como “ Operação Lava Jato “.  


Esse o início da construção de sua notoriedade social e política. A mídia, enxergando oportunismos nas notícias bombásticas, promoveu ampla divulgação do tema, para a massificação do assunto. A repercussão das ações do Juiz Moro, com festejada aprovação social, culminou com muitas condenações de políticos importantes, prisões destes e consequências inimagináveis, inclusive, com avanço para a inesperada cassação da Presidente de República, Dilma Rousseff.

Dilma cassada, assume seu Vice Michel Temer, que concluiu o mandato. 
Com as eleições presidenciais, sagrou-se vitorioso Jair Bolsonaro, que, igualmente impressionado com a popularidade de Juiz Moro, convida-o para ser o seu Ministro da Justiça e Segurança Pública, sob fortes burburinhos de que, com o tempo, seria ele indicado para Ministro do Supremo Tribunal Federal, de modo a justificar e compensar a renúncia ao cargo de Juiz na magistratura federal.
Surge, assim, Moro, para muitos herói e salvador da Pátria, agora com a pompa política de “poderoso” Ministro da Justiça e Segurança Pública. O “Super Ministro Moro”. Embora novato, traz consigo a estampa de “paladino da moralidade”, “cavaleiro da democracia” e combatente implacável e invencível da corrupção. De fato, no imaginário popular: o “salvador da pátria”.

E é assim que nasce o mais hábil político, embora com aparência “tímida”, cara de “bom rapaz”, genro desejado pela maioria das mães, cativante, principalmente, pelo jeito de “bom moço”. Enfim, o tipo que reúne todos os adjetivos impressionantes; mais que isso: água em quantidade e qualidade suficientes para saciar “alguns desalentados perdidos no deserto”: parcela expressiva do povo brasileiro.
Pois bem! Agora Ministro, Moro passa a administrar com competência e habilidade seu projeto pessoal; pasmem: como político que supera as velhas raposas do cenário de outrora e atual. 

Nada bobo; bem ao contrário, visionário, pelo que, de certo, pessoalmente animado com a sua aprovação por parcela significativa da população, passa a se enxergar maior que o próprio governo que integra; aliás,  um governo, cujo mandatário  maior é agora considerado por muitos como desastrado, sem o traquejo político tradicional exigíveis, por assim dizer, de um Presidente da República.   
Oportunista e aguçado por sua popularidade, no aconchego de braços sociais acolhedores, Moro percebe que ainda faz parte de um governo desgastado, ainda mais despedaçado e atingido pelas nefastas consequências causadas pela Pandemia que colocou o mundo de joelhos.

A par de tudo Isso, Moro sabe que continua popular e querido! 
E por que continuar como integrante de um Governo, que avança para o desgaste político/ econômico gravíssimos; com conversas sobre impeachment, e sob desgaste popular crescente? 
Sagaz e oportunista que é, certamente ocorreu-lhe, como tudo está a indicar, que melhor mesmo era desapear do governo;  dar a volta por cima, com a preservação de seu prestígio popular.

Surge aí o mais hábil político, que, para manter-se mimado pela população em um cenário favorável, opta por abandonar o cargo e assim preservar sua performance e navegar em águas calmas e tranquilas; e assim, confortavelmente, em futuro próximo, quem sabe, tornar-se Prefeito de São Paulo, eleger-se Senador ou Governador por qualquer Estado da Federação, e até Presidente da República.
Destarte, para viabilizar tudo isso, o agora hábil político Sérgio Moro toma medidas que o revelam como mestre na arte de fazer política. A um só tempo, leva à guilhotina a cabeça do Presidente Bolsonaro, com um só  impiedoso golpe, ao atuar, também, como elemento viabilizador para uma proposta concreta e real de impeachment do Presidente.  Para tanto: 

1. Convoca a imprensa para sua autopromoção - mesmo contrariando a praxe, já que demissionário não se vale do poder do cargo para convocar coletiva de imprensa. 
2. Renuncia à função de Ministro. 
3. Cria um clima de destruição política daquele que lhe estendeu a mão: Presidente Jair Bolsonaro.
4. Assume, calculadamente, todos os riscos: na pior das hipóteses ciente de que ele, Moro, no máximo seria processado por denunciação caluniosa, calúnia e/ou difamação; e assim, dispara o tiro certeiro para causar um dano político irremediável, quiçá, para a cassação do mandato do Presidente Bolsonaro. 
5. Mantém-se importante, valorizado, acreditado politicamente, e ainda, vitimado; tanto mais, com o trejeito de um simplório e simpático bom rapaz, bom moço, com cara de sacrificado, por ter renunciado 22 anos de Magistratura, segundo alega, pelo “bem do Brasil”.

O saudoso Ulysses Guimarães, se entre os mortais estivesse, morreria de inveja da esperteza política de Moro.

Everardo Alves Ribeiro.

3 Comentários

  1. EXISTE uma SITUAÇÃO QUE os mais renomados políticos esquecem de OBSETVAR...Eles preferem usar as técnicas de ( A ARTE DA GUERRA ) É OUTRAS MAIS ARTIMANHAS DE MARKETING .
    EXISTE ALGUNS PRINCÍPIOS QUE JAMAIS SERÃO QUEBRADOS E QUWM FEZ OS PRINCÍPIOS ZELA POR ELES..É O MESMO DIZ QUE PASSARÁ OA CEUS EA TERRA MAS AS SUAS PALAVRAS NÃO PASSARÁ.!!
    SERIA INTERESSANTE OBSERVAR ESSES DETALHES ,POIS ELES PODEM MUDAR TODA HISTÓRIA!!
    TODA AUTORIDADE É INSTITUÍDA POR DEUS!!

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  2. Uma bela analise de um caso real, que tem tudo para ser certeiro tiro no âmago do alvo, ou na pior das hipóteses, mais de 80% de acerto.

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  3. Otimistas palavras,que se perderam em dois dias. Moro foi cooptado,mordido pela mosca azul trocou os pés pelas mãos, um menudo deslumbrado, o povo tolera muita coisa, mas não aceita traição, dançou..! Bolsonaro não está morto,mas vivinho,será difícil derrubá-lo.
    Qto ao Moro,isso é o que dá ir na onda de quem não presta.

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