Pé de Cerrado comemora 25 anos com circulação nacional patrocinada pela Petrobras

Primeiras paradas da caravana cultural acontecem em janeiro na Bahia e em Pernambuco


Em 2026, o grupo brasiliense Pé de Cerrado inicia uma circulação nacional que marca seus 25 anos de atividade, com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Ministério da Cultura. A turnê, que passará por três regiões do país, se apresenta como um dos maiores percursos de cultura popular realizados por um grupo do Distrito Federal nos últimos anos. Além do espetáculo “Os Brincantes”, com participação dos palhaços Irmãos Saúde, a caravana leva ações formativas, vivências e encontros com mestres e grupos tradicionais, ampliando o acesso a expressões que compõem a base da identidade cultural brasileira e brasiliense.

A proposta da circulação parte de uma diretriz clara: aprofundar as vivências, trocas e a pesquisa com mestres da cultura brasileira, num ciclo de aprendizado contínuo, e devolver ao Distrito Federal e às comunidades que inspiraram o grupo o resultado de décadas de pesquisa e convivência. O projeto reafirma a relevância das culturas populares em um cenário nacional que rediscute políticas de descentralização, fortalecimento de territórios tradicionais e ampliação de acesso. “Mais do que uma turnê comemorativa, é um movimento de reconhecimento das raízes que sustentam nossa trajetória e de celebração da potência cultural do Brasil e do Distrito Federal”, explica Pablo Ravi, fundador do Pé de Cerrado.

Criado em Brasília em 1999, o grupo consolidou uma linguagem cênico-musical que reúne música, circo, dança, teatro e brincadeiras populares, fruto de estudos de campo em territórios indígenas, afro-brasileiros, e de metres e grupos de culturas tradicionais. Essa pesquisa contínua se reflete na força do espetáculo “Os Brincantes” e na forma como o Pé de Cerrado articula tradição e contemporaneidade. “A circulação chega em um momento em que o país revê sua política cultural, e o patrocínio da Petrobras amplia nossa capacidade de chegar onde projetos assim raramente chegam”, reforça Ravi.

A estreia da circulação acontece em janeiro, na Chapada Diamantina (BA), com uma aula-espetáculo para o público infantil em parceria com o premiado espetáculo Desencaixados, da Família Vagamundi, seguida da participação na tradicional Festa de São Sebastião, na Vila do Vale do Capão. Dias depois, o grupo segue para Recife (PE), onde divide o palco com o Bongar, um dos mais importantes grupos da cultura afro- indígena do estado.

Ainda no primeiro trecho, a circulação chega à Aldeia Fulni-ô, em Águas Belas (PE), território reconhecido pela preservação da língua Yathê. Lá, o grupo realiza apresentação com participação de artistas indígenas locais, em atividade restrita à

comunidade e a quem tiver permissão para estar no território, reforçando o caráter de intercâmbio e respeito à autonomia dos povos tradicionais.

A rota segue então para outras regiões: Alter do Chão (PA); Ilha do Marajó (PA), em Soure; Taquaruçu (TO); Itapipoca (CE); Chapada dos Veadeiros (GO); Pirenópolis (GO); e Goiânia (GO). Cada parada envolve ações com grupos convidados, encontros intergeracionais e articulações com iniciativas culturais locais, ampliando o impacto regional do projeto.

A jornada se encerra no Distrito Federal, com a realização da tradicional V Mostra Cultura Candanga, encontro que reunirá grupos parceiros de todo o país. A Mostra, já consolidada no calendário cultural do DF, ganha nova dimensão ao incorporar as experiências e intercâmbios da circulação nacional. A circulação Pé de Cerrado 25 anos reafirma a cultura popular como força viva e estruturante, capaz de fortalecer identidades, criar vínculos e ampliar o acesso à arte em diferentes regiões do país.

Sobre o Pé de Cerrado

Com 25 anos de atuação, o Pé de Cerrado é referência na celebração da cultura popular brasileira no Distrito Federal, marcado pela diversidade e pela mistura de influências que refletem a formação multicultural de Brasília. Desde a primeira fase, quando o forró universitário dominava a cena, o grupo ousou ao trazer ritmos como bumba meu boi, coco, ijexá, ciranda, maracatu e cavalo-marinho, ajudando a formar plateia e ampliando o acesso a manifestações muitas vezes desconhecidas no Centro-Oeste.

Ao longo da carreira, o Pé de Cerrado lançou três álbuns, cada um marcado por pesquisa e colaborações importantes. O disco de estreia contou com a participação de Dominguinhos, criando um elo fundamental com as tradições nordestinas. O grupo também integrou o projeto Nós por Eles, do Quinteto Violado, com a releitura da música Mundão. Com sonoridade madura e marcada pela experimentação, o quarto álbum será lançado em fevereiro de 2026, celebrando a continuidade de uma obra construída entre a tradição e a criação contemporânea.

Reconhecido como um representante da cultura brasileira e brasiliense, o grupo participou do projeto Brasil Junino, com 24 apresentações na Europa, do programa Saia Justa (GNT), do G20 e recebeu diversos prêmios ao longo da trajetória. Formado por Pablo Ravi, Bruno Ribeiro, Bruno Berê, Davi Abreu, Fernando Rodrigues, Guilherme Queiroz e Pedro Tupã, além da produtora cultural Carla Landim e do Diretor de Palco Luciano Dantas, o Pé de Cerrado segue expandindo sua missão de celebrar, pesquisar e difundir as culturas populares brasileiras.

A circulação comemorativa “Pé de Cerrado 25 anos” conta com patrocínio exclusivo da Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Ministério da Cultura. A Petrobras é uma das principais empresas do país. Atua de forma integrada e especializada na indústria de óleo, gás natural e energia, tendo como compromisso o desenvolvimento sustentável para uma transição energética justa e inclusiva. A Cultura é também uma energia na qual a companhia investe, patrocinando há mais de 40 anos projetos que contribuem para a cultura brasileira e se fazem presentes em todos os Estados brasileiros.
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