Guia para pais: oito formas de transformar as férias em aliadas do aprendizado infantil

Especialista aponta atividades simples, lúdicas e acessíveis para manter o desenvolvimento das crianças durante o recesso, sem transformar as férias em extensão da sala de aula

As férias escolares representam uma pausa importante na rotina das crianças, mas também levantam um alerta para educadores e famílias: a falta total de estímulos pode levar à perda de habilidades acadêmicas e socioemocionais adquiridas ao longo do ano. Estudos internacionais sobre o chamado summer learning loss mostram que alunos podem regredir principalmente em matemática e leitura quando passam longos períodos sem atividades educativas estruturadas.

Para Cláudia Mialichi, gerente educacional do Colégio Objetivo DF, em Brasília, o caminho está no equilíbrio.  “Férias não precisam ser sinônimo de abandono do aprendizado, nem de excesso de tarefas. O ideal é aproveitar o tempo livre para desenvolver habilidades por meio de experiências práticas, do brincar e da convivência familiar”, afirma.

Como transformar as férias em um período educativo sem perder a leveza:

1. Rotina flexível faz diferença
Manter horários básicos para sono, alimentação e leitura ajuda a preservar o bem-estar emocional e a organização mental das crianças. “Uma rotina leve dá segurança e evita que o retorno às aulas seja traumático”, explica Cláudia.

2. Brincar também é aprender
Atividades lúdicas estimulam linguagem, criatividade, coordenação motora e habilidades socioemocionais. Brincadeiras de faz de conta, jogos de tabuleiro, desafios com objetos do dia a dia e atividades ao ar livre são aliados do desenvolvimento infantil.

3. Projetos práticos engajam mais do que tarefas formais
Cozinhar em família, montar uma horta caseira, pesquisar sobre animais, criar um diário de férias ou produzir um pequeno vídeo são formas de estimular leitura, escrita, raciocínio lógico e pensamento crítico de maneira natural.

4. Leitura diária, mesmo que por poucos minutos
Especialistas indicam que 15 a 20 minutos diários de leitura já ajudam a manter o vocabulário, a interpretação de texto e o hábito leitor. A leitura compartilhada, especialmente com crianças menores, fortalece vínculos e o interesse pelos livros.

5. Matemática no cotidiano
Situações simples, como calcular troco, dividir receitas, organizar gastos de um passeio ou planejar uma viagem, ajudam a manter o raciocínio matemático ativo sem a necessidade de exercícios tradicionais.

6. Uso consciente das telas
Relatórios recentes de organizações internacionais alertam que o excesso de tempo de tela durante as férias pode impactar o sono, a atenção e o comportamento infantil. A recomendação é priorizar conteúdos educativos, limitar o tempo de uso e evitar telas antes de dormir.

7. Atividades ao ar livre são essenciais
Parques, caminhadas, jogos físicos e observação da natureza contribuem para a saúde física, emocional e cognitiva. “O contato com o ambiente externo favorece a curiosidade, a socialização e o aprendizado espontâneo”, destaca a educadora.

8. Menos quantidade, mais qualidade
Para Cláudia, o erro mais comum é tentar preencher todas as horas do dia. “Uma atividade significativa por dia é mais eficiente do que uma agenda cheia que gera estresse. As férias também são tempo de descanso e prazer.”

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