A rotina de quem faz tratamento renal envolve exames específicos e um acompanhamento laboratorial contínuo para avaliar a resposta à diálise e as alterações no organismo. Segundo dados divulgados em 2024 pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), mais de 170 mil pessoas estão em diálise no Brasil, mostrando a amplitude desse cenário no país.
A farmacêutica e gerente de Nefrologia do Sabin Diagnóstico e Saúde, Aparecida Satiro, explica que esse tipo de atendimento envolve praticamente todo o laboratório. “O atendimento ao paciente renal mobiliza várias áreas ao mesmo tempo”, afirma. Isso porque os exames passam por diferentes áreas técnicas, como bioquímica, hematologia, imunologia, toxicologia, microbiologia e biologia molecular.
Segundo a especialista, como os pacientes renais costumam apresentar alterações importantes no sangue, como anemia e níveis elevados de PTH (hormônio que regula o metabolismo do cálcio), a rotina de análise precisa ser rápida e precisa.
“Alguns exames exigem processamento imediato, como os eletrólitos, por exemplo, que deve ser centrifugado e refrigerado em até uma hora para que o resultado não seja comprometido”, diz.
Aparecida Satiro esclarece que os exames usados para acompanhar o paciente renal são diferentes dos usados para pessoas sem doença nos rins. Por exemplo, enquanto a creatinina é o marcador principal para a população em geral, a ureia medida antes e depois da diálise é o exame-chave para pacientes renais, porque é a partir dela que se calcula o KTV, indicador que mostra se a diálise está sendo eficaz.
Segundo a especialista, a maior parte dos pacientes que desenvolve doença renal já tinha hipertensão ou diabetes, e essas condições acabaram se agravando ao longo do tempo até prejudicar os rins. Há também hábitos que prejudicam os rins, como o uso frequente de anti-inflamatórios, cujo uso exagerado pode prejudicar a função renal, além da hidratação em excesso e do uso de Whey Protein sem avaliação prévia da função renal.
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