Outubro Rosa: porque é importante cuidar da saúde mental durante o tratamento de câncer de mama


Outubro é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, uma das doenças que mais impactam a saúde feminina em todo o mundo. Dados do Painel Oncologia Brasil, analisados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), apontam que mais de 108 mil mulheres com menos de 50 anos receberam o diagnóstico da doença no país entre 2018 e 2023, o que representa uma média de uma em três mulheres diagnosticadas com a doença.

Felizmente, Pesquisas do INCA (Instituto Nacional de Câncer) indicam que as chances de cura chegam a 90% quando a doença é diagnosticada no início. Por isso, é importante realizar exames preventivos anualmente, sendo que o principal é a mamografia, indicada para mulheres a partir dos quarenta anos de idade. Além disso, o exame clínico das mamas também deve fazer parte do acompanhamento regular.

O impacto emocional do diagnóstico

Receber a confirmação de um câncer de mama é um momento de intensa carga emocional. Medo, raiva, angústia, tristeza e frustração costumam emergir diante das incertezas sobre o futuro e das inseguranças trazidas pelo tratamento. Embora naturais, essas emoções precisam ser trabalhadas para que não comprometam ainda mais o bem-estar físico e mental da mulher.

De acordo com a Comissão de Estudos e Pesquisa da Saúde Mental da Mulher da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), uma em cada quatro mulheres diagnosticadas com câncer de mama apresenta maior vulnerabilidade à depressão. Além disso, muitas enfrentam quadros de ansiedade, síndrome do pânico e, em situações graves, até pensamentos suicidas.

O psicólogo Filipe Colombini destaca que a ansiedade antecipatória é comum em mulheres que aguardam exames ou que vivem sob fatores de risco: “é natural que surjam sentimentos de medo, mas, quando não trabalhados, eles podem levar ao isolamento, insônia e até depressão”.

Psicologia como aliada no tratamento

Durante o tratamento, a sobrecarga emocional costuma ser ainda maior. “Não se trata apenas da doença, mas também das mudanças bruscas na rotina, no corpo, autoestima e relações sociais. O acompanhamento psicológico deve ser visto como parte do cuidado integral. Estar emocionalmente preparada ajuda a paciente a enfrentar com mais força o processo de prevenção, diagnóstico e tratamento”, conclui o especialista. Veja, a seguir, como a psicologia pode ajudar nesta fase:
  • Apoio no diagnóstico e prevenção: auxílio para lidar com a ansiedade antes e após exames;
  • Durante o tratamento: estratégias para enfrentar efeitos colaterais e mudanças corporais;
  • Fortalecimento da autoestima: ressignificação da autoimagem e resgate da confiança;
  • Rede de apoio: orientação a familiares e amigos para que atuem como suporte emocional.
Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.
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