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"Vida de Mamulengo" com Chico Simões e Anna Göbel |
Evento segue com apresentações até 2 de novembro, no Espaço Voar, sempre com entrada franca
O Festival de Cultura Popular do Gama segue animando a cidade com teatro, música e manifestações tradicionais. O evento também celebra os 65 anos da cidade. Nesta semana, as atrações são: nesta quarta (22), teremos "Vida de Mamulengo" com Chico Simões e Anna Göbel, já na quinta (23), "A Chegança da Burrinha Calunga" com a Cia Mamulengo Fuzuê; na sexta (24), "Dona Dinha" com Marília Abreu e Clara Abreu, acompanhadas pela viola de Chico Nogueira; no sábado (25) teremos o show "Jairo Mendonça, Cirandeiro" seguido de "O Boi de Seu Teodoro"e, encerrando o fim de semana, no domingo (26), "Fuzuê Candango" e "Cleyson Batah" e o lançamento do catálogo "A imagem audiovisual e cultural do Gama". Todas as apresentações acontecem no Espaço Voar Cultural (SMA Conjunto K, loja 5, Pró-DF), sempre a partir das 20h, com entrada gratuita. Informações no Instagram @institutovoarcultural
O Festival de Cultura Popular do Gama, integra o Projeto Gama Cultural 2025, e é realizado pelo Instituto Voar Cultural, por meio de um Termo de Fomento da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (SECEC/GDF), com apoio da Administração Regional do Gama.
O idealizador do projeto, o poeta e compositor Paulim Diolinda, destaca que o evento nasceu com o propósito de fortalecer a identidade cultural do Gama.
"Criamos um festival para valorizar a nossa cultura popular, que desempenha um papel fundamental na identidade e na diversidade cultural do Distrito Federal. E o Gama vive isso com muita intensidade", afirma.
Para o Coordenador-Geral, Marco Augusto de Rezende, esta segunda edição reafirma o compromisso de aproximar artistas e público em torno das tradições populares.
"Iniciada no dia 16, a programação é diversa e afetiva. São artistas, mestres e grupos que fazem da arte popular um espelho da nossa história, da nossa alegria e da nossa resistência", explica o ator bonequeiro e diretor teatral.
PROGRAMAÇÃO – FESTIVAL DE CULTURA POPULAR DO GAMA (2ª EDIÇÃO)
De 16 de outubro a 2 de novembro de 2025 – sempre às 20h
Local: Espaço Voar – SMA Conjunto K, loja 5, Pró-DF – Gama
Quarta- 22/10 – Vida de Mamulengo - Grupo de Teatro Mamulengo Presepada
Formado pela artista plástica Anna Göbel e o brincante Chico Simões, onde os conhecidos e tradicionais personagens do Mamulengo; Benedito, Margarida e o Boi Estrela, cansados de viver na cidade grande e com saudades da vida rural decidem voltar para o sertão onde vai nascer o menino Baltazar, no meio do caminho surgem obstáculos como João Redondo e a cobra Anaconda e novos amigos como Ashaninka, Maria Rosa e o Sanfoneiro João Bondade para celebrarem o nascimento do menino Baltazar. Carregado de improvisações e comunicação direta com o público a brincadeira/espetáculo é acompanhado por música ao vivo que dá o ritmo e cria o ambiente festivo característico das festas populares.Tudo brincado com maestria e a graça adquirida ao longo de mais de quarenta anos de experiência em milhares de apresentações por todo mundo para todo tipo de público.
Quinta-23/10 – "A Chegança da Burrinha Calunga" com a Cia Mamulengo Fuzuê- com Intérprete de Libras
Uma trupe de caminhantes viaja Brasil adentro em busca de um lugar ideal para viver e celebrar a vida: a brincante e multiestrumentista Da Luz, o Tocador e um Bonequeiro. Todos seguem guiados pela burrinha Calunga e os bonecos Mateus, Catita e Birico. No meio da jornada, a trupe faz festa, canta, dança e se envolve em diversas confusões, tendo que enfrentar a fome , enganar o Capiroto e a Morte para garantir a sua sobrevivência. O espetáculo é repleto de musicalidade e conta com a irreverência e alegria presentes no Teatro de Mamulengo.
Sexta-24/10 – Dona Dinha (Teatro) - com Marília Abreu e Clara Abreu, acompanhadas pela viola de Chico Nogueira
Entre uma música e outra, Dona Dinha compartilha suas histórias, causos e lendas do Goiás, enquanto arrelia com Menina, resgatada de um circo viajante, que a acompanha nas suas andanças, entre bonecas, contações e cantigas, revela a vida simples e sábia do interior para o mundo. O espetáculo é inspirado nas mulheres do interior – religiosas, conhecedoras das benzeções, da sabedoria popular e principalmente da sabedoria feminina.
E assim, com muito humor e graça, elas convidam o público a cantar com elas o levando ao imaginário dos lugares do interior, palco das histórias acontecidas ou contadas.
Sábado-25/10 – 20h- Jairo Mendonça – Cirandeiro
O espetáculo musical Cirandeiro busca resgatar a ciranda e o carimbó como importantes manifestações da cultura popular brasileira das regiões norte e nordeste onde estão presentes na educação infantil, na tradição indígena, em manifestações políticas e movimentos sociais. A lógica das rodas de ciranda reforça a perspectiva das relações e interações sociais das nossas comunidades originárias e propõe a reconexão com nossas raizes antropológicas, culturais e sociais na formulação do escritor quilombola Nêgo Bispo, onde propõe que a roda é sempre "começo, meio e começo". Nesse sentido o espetáculo Cirandeiro propicia o resgate das cantigas de ciranda, carimbô bem como oportuniza ao público a experiência de interagir, participando das rodas no momento do espetáculo.
21h- O Boi de Seu Teodoro
O Boi de Seu Teodoro, fundado na Cidade de Sobradinho-DF em 1963 pelo Saudoso Mestre Teodoro Freire, Maranhense, apaixonado pela Cultura Popular. Hoje Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal. A Brincadeira do Boi narra a História do Casal Pai Francisco e Mãe Catirina, onde Pai Francisco sacrificou o Boi mais bonito e precioso de seu Patrão (Fazendeiro) para satisfazer o desejo de sua Esposa Mãe Catirina, que estava grávida. Ao final o Patrão perdoou Pai Francisco e tudo terminou numa grande Festa. Sotaque da Baixada ou Pandeirões é o ritmo da Brincadeira com suas belas Toadas (Músicas) com diferentes temas. Muitas Indumentárias e Instrumentos para alegria e bailado do Boi com seu Miolo e de seus Brincantes.
Domingo- 26/10 – 19h30- Lançamento do catálogo "A imagem audiovisual e cultural do Gama"
Artistas gamenses vão lançar o catálogo "A imagem audiovisual e cultural do Gama". Na ocasião, serão doados cem catálogos para o público em geral. Organizado pelo professor e produtor cultural João Breyer Júnior, o livro/catálogo é patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF) e traz a história de 22 artistas, entre bonequeiros, músicos, atores, atrizes e escritores. Além disso, homenageia nomes de artistas como o do ator e diretor de cinema Affonso Brazza (1955/2003), autor de vários filmes, muitos deles ambientados na cidade do Gama. A obra destaca também os principais movimentos, grupos e espaços culturais, entre eles o Bagagem Cia de Bonecos, Cia Pilombetagem, Cia Voar, Espaço Semente, Grito Periférico e Mendigos de Gravatas, todos surgidos no Gama e Coletivo Vratia.
20h - Fuzuê Candango
O grupo Fuzuê Candango é um grupo poético musical,que teve sua origem em 2008 e é composto por músicos,musicistas e poetas do Distrito Federal,o grupo carrega consigo a leveza da vida simples,mas,sobretudo,a responsabilidade de mostrar o que há de melhor na periferia da capital federal,o grupo já fez aberturas de shows dos (das) seguintes artistas nacionais:Geraldo Azevedo,Dércio Marques,Katia Teixeira,Zeca Baleiro,Olodum,Chico César, Ana Canãs entre outros. Com uma proposta de diversidade cultural,em suas apresentações,busca propiciar momentos de análises e contato com o que de fato mais nos pertence: a nossa cultura! O grupo apresenta:Xote,Maracatu,Baião,Cirandas,Forró pé de serra,Côco e muito mais!
21h- Cleyson Batah
A Banda Rasta de Sapato mergulhou nesse mundo maravilhoso que é o forró e vem alegrando festas e espaços públicos por aí. A mais recente estripulia foi abertura do show da cantora Amelinha na Casa do Cantador, este ano.
Quarta-feira -29/10 – O auto do Boi Dágua com Walter Cedro
O BOI D'ÁGUA surgiu no Distrito de Olhos d´Água, no ano de 2000, materializando a vontade da comunidade de poder expressar sua cultura, sua tradição, sua alegria, seus e sentimentos. Munido, de cores, sons, gestos e um grande exercício de improviso, o BOI atraiu, jovens e adultos, velhos e crianças, independentemente de credo, cor, traço cultural ou bagagem intelectual, o BOI D´ÁGUA apresenta suas cordiais saudações e pede passagem para se apresentar com uma nova roupagem novos elementos do teatro de mamulengos e novas esperanças, dance meu boi que o povo o quer lhe Ver.
Sexta- 31/10 – 20h- Repente com Chico de Assis e João Santana
O potiguar Chico de Assis e o brasiliense João Santana, que formam uma dupla há mais de 20 anos e levam a tradição do repente e da literatura de cordel para o público de diferentes cidades brasileiras
21h- Cia Cafundó (Breno Luiz) conta conta Histórias Afrocentradas
UBUNTU! Palavra de origem Bemba, povo que habita a Zâmbia, Tanzânia e Congo. UBUNTU diz respeito às qualidades que nos tornam verdadeiramente humanos e promovem abertura e disponibilidade para alcançar o outro em sua interioridade como a si mesmo. É a voz da ancestralidade que ecoa! Neste espetáculo a Cia Cafundó — Contadores de Histórias traz a força da oralidade africana, conectando gerações por meio da palavra, do canto e da tradição. Histórias que resgatam memórias, fortalecem identidades e transformam o coletivo em comunidade. É um espetáculo recheado de músicas e histórias que vêm da consciência do povo negro que luta por uma sociedade antirracista. Aqui você encontrará Tâmara e Tamarindo no mundo doce e azedo. Descobrirá quem é Quibungo. Dançará com Neguinha sim e conhecerá Luena Gaba, uma menina que é a narradora de sua própria história. Nas histórias afrocentradas o convite é para a consciência da grandeza do povo preto.
Sábado- 20h- 01/11 – Quadrilha Junina Raiz de Mandacaru- "Entre Secas e Sonhos – Segredos na Vila Mandacaru"
Na batida do zabumba, na alma do sertão… É da poeira do chão rachado que nasce a poesia da Quadrilha Junina Raiz de Mandacaru, que em 2025 canta e dança a história de um povo que, mesmo entre secas e silêncios, jamais deixou de sonhar. Nosso tema deste ano, "Entre Secas e Sonhos – Segredos na Vila Mandacaru", mergulha no coração de uma comunidade esquecida pelo tempo, mas viva na resistência: a fictícia Vila Mandacaru, lugar de luta, de fé e de amor. Uma vila que carrega em suas ruas empoeiradas os passos marcados de um povo que não se rende, que transforma a dor em dança, o suor em esperança, e a seca em canção. É nesse cenário que o Padre Vicente, nosso narrador, nos conduz por uma história de amor e segredo. Ritinha, a lavadeira de mãos calejadas, lava mais do que roupas: lava a alma na esperança de se casar com seu grande amor, José — um homem valente, porém desajeitado, que esconde um segredo que poderá mudar os rumos dessa história.
Entre um balde d'água e um segredo ao longe, nasce um enredo regado por sentimentos profundos, onde cada personagem representa a força da terra e do sertão. Através do teatro-dança, a quadrilha incorpora ritmos do nordeste — xote, baião, maracatu, forró e xaxado —, trazendo à cena a simbologia das raízes culturais do povo sertanejo. A coreografia pulsa como o coração da vila, em movimentos que falam por quem foi silenciado. E quando a população da Vila comemoram o casamento, eis que surgem eles — como miragem e verdade: Lampião e Maria Bonita, sombras poéticas que atravessam a história como voz dos esquecidos. Eles chegam trazendo revelações e para devolver aquele povo o orgulho, a coragem, o brilho no olho. Maria Bonita chama Ritinha para um embate, de dança. Lampião, com o punho erguido, ensina a José que segredo só vale se for pra proteger quem se ama. A Vila Mandacaru se transforma em palco da nossa maior verdade: o povo do sertão é feito de espinho e flor, de dor e beleza, de seca e sonho. Neste espetáculo, a Quadrilha Junina Raiz de Mandacaru se une como corpo e voz de uma só gente. Gente que dança porque ainda crê, que canta porque ainda sente. Gente que, mesmo sem chuva, faz florir.
21h- Trio Pinga Fofo (Marcos Menezes)
O Trio Pinga Fogo é um grupo dedicado à arte e à cultura do autêntico forró pé de serra, côco, baião, xaxado. Formado por Ronny Freitas, paraibano na sanfona, Marcos Menezes, capixaba no triângulo e voz, e Mário Jorge, mineiro na zabumba, o trio encanta por onde passa, levando a tradição e a alegria do forró e das culturas regionais para grandes palcos. Com uma profunda admiração e respeito pela herança deixada pelos grandes mestres e mestras da cultura regional nordestina, o Trio Pinga Fogo mantém viva a chama dessa rica tradição musical. Ao longo de sua caminhada, o Trio Pinga Fogo também tem se dedicado a compor e cantar canções que contam parte de sua própria história. Em suas músicas, o público encontra um resgate das raízes culturais e um convite para celebrar a vida com muita dança e alegria. Com o compromisso de perpetuar a essência do nordeste, o Trio Pinga Fogo continua a conquistar corações e a espalhar a magia dessa música tão brasileira. Seu repertório é uma homenagem às tradições e um testemunho de que, com amor e dedicação, é possível manter viva a chama para as futuras gerações. Prepare-se para uma viagem musical inesquecível com o Trio Pinga Fogo, onde a sanfona de Ronny Freitas, o triângulo e a voz de Marcos Menezes, e a zabumba de Mário Jorge se unem para celebrar e compartilhar o amor pelo forró.
Domingo -20h - 02/11 – Ancelmo Borges com sua "Poesia Matuta"
21h - Forró Caco de Cuia (Artecei)
Formado em 2005, desde então dedica-se a pesquisa de ritmos, sons, danças e folguedos da cultura nordestina, onde está fincada a verdadeira raiz dos componentes. Ao longo dos anos catalogou ritmos regionais, tais como, ciranda, músicas folclóricas, samba, forró pé de serra e MPB, inserindo-os em seu repertório, resultando na criação de um estilo musical próprio que mistura o repente com o coco de embolada, a cantoria com toques do
regional pé de serra, enriquecendo o trabalho de composições do grupo, tornando-o autoral. O Grupo vem aperfeiçoando a cada dia, com seriedade e dedicação esta proposta musical, o que já lhes rende destaque no cenário musical da cidade, sendo solicitado para inúmeros shows e eventos dentro e fora de Brasília.
Acessibilidade - No campo da acessibilidade cultural, o projeto se compromete a eliminar barreiras físicas, comunicacionais e atitudinais, garantindo que pessoas com deficiência tenham pleno acesso às atividades, fortalecendo a participação inclusiva e democratizando o acesso à cultura na região do Gama. Incluindo LIBRAS e AUDIODESCRIÇÃO no projeto. Destacamos que à programação são disponibilizadas 20 horas ccom intérpretes de Libras e audiodescrição direcionadas e divulgadas para os públicos específicos. Também foram utilizadas fontes de tamanho adequado e cores de alto contraste em materiais impressos e digitais e serão disponibilizados assentos reservados próximos ao palco para pessoas com deficiência visual ou auditiva, bem como para aqueles que necessitam de espaço adicional para acomodar cadeiras de rodas.
Gama Cultural 2025 - O Festival de Cultura Popular do Gama faz parte de um conjunto de ações do Projeto Gama Cultural 2025, que inclui ainda a Feira Cultural do Gama, o Festineco – Festival de Teatro de Bonecos, a ação educativa O Gama Faz Bonito, o Caminhão do Forró e o espetáculo comemorativo Bagagem 40 anos.
Instituto Voar Cultural - O Instituto Voar Cultural é uma associação sociocultural artística do Distrito Federal que atua nas áreas de produção teatral e audiovisual, e oferece cursos profissionalizantes para a economia criativa. Ele tem sede no Gama e também desenvolve projetos culturais gratuitos, como mostras, festivais e eventos educativos, visando valorizar a identidade cultural local e a arte.
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Lançamento do catálogo "A imagem audiovisual e cultural do Gama" |