Dia do Médico: Medicina de Família e Comunidade cresce no país e reflete mudança no modelo de cuidado


O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, é uma ocasião para valorizar o trabalho dos profissionais que dedicam a vida ao cuidado com a saúde. Entre as diferentes áreas de atuação, a Medicina de Família e Comunidade (MFC) ganha destaque por colocar em prática um modelo de cuidado integral, baseado no acompanhamento contínuo dos pacientes e na prevenção de doenças ao longo de todas as fases da vida.

O cuidado oferecido por esses profissionais vai além do tratamento de sintomas. Mais do que os sinais de mal-estar, ele observa os hábitos, vínculos familiares, ambiente domiciliar e outras determinantes sociais.

A MFC é uma das especialidades médicas que mais cresce no Brasil. Entre 2010 e 2020, o número de especialistas nessa área aumentou 171%, alcançando 7.149 médicos em 2020. Já em 2022, esse quantitativo saltou para 11.255 profissionais. Os dados são da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).

Apesar do crescimento, ainda persiste um déficit estimado entre 45 mil e 65 mil profissionais. Em 2022, os especialistas ainda representavam apenas 2,3% do total de médicos atuantes no país, segundo o estudo Demografia Médica no Brasil, conduzido pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

No entanto, a MFC tem ganhado espaço na rede privada. Iniciativas como a Amparo Saúde, do Grupo Sabin, oferecem linhas de cuidado especializadas, que vão de pacientes com condições crônicas, como diabetes, até pessoas saudáveis, promovendo prevenção, acompanhamento multidisciplinar e melhoria de indicadores de saúde.

Leonardo Demambre Abreu, médico de família e comunidade e coordenador técnico da Amparo Saúde, explica que o diferencial da especialidade está no acompanhamento longitudinal do paciente. “Nosso objetivo é estabelecer um vínculo genuíno entre médico e paciente desde a primeira consulta, garantindo cuidado contínuo e resolutivo ao longo de toda a vida”, afirma.

Segundo o especialista, por meio de protocolos estruturados de acolhimento e escuta qualificada, o médico de família acompanha pacientes em todas as fases da vida, permitindo detectar precocemente doenças graves, orientar hábitos de vida e oferecer suporte integral às famílias, resolvendo até 85% das demandas clínicas sem necessidade de encaminhamento imediato. “A visão de que decisões médicas importantes ocorrem apenas em UTIs vem sendo gradualmente substituída pelo cuidado longitudinal”, completa.
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