Ibaneis Rocha anuncia ampliação para 50 unidades com gestão compartilhada, modelo que une disciplina, qualidade de ensino e redução da criminalidade
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| O governador Ibaneis Rocha elogiou a gestão compartilhada em visita ao Centro Educacional 1 da Estrutural: "Alunos que viviam em regiões de vulnerabilidade hoje estão passando em universidades federais e se destacando" | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília |
O governador Ibaneis Rocha anunciou que o Distrito Federal contará com mais 25 escolas cívico-militares, dobrando o número atual de unidades que adotam o modelo de gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e Segurança Pública. A decisão foi tomada após consultas públicas e avaliações que apontaram aprovação superior a 80% entre pais, alunos, professores e servidores.
“É um orgulho muito grande ver essa parceria entre Educação e Segurança dando certo. Alunos que viviam em regiões de vulnerabilidade hoje estão passando em universidades federais e se destacando. É uma prova de que esse modelo, que muitos criticaram, é exitoso e serve de exemplo para todo o país”, afirmou o governador Ibaneis Rocha.
As consultas públicas, previstas pela Lei de Gestão Democrática da Educação do DF, reuniram uma média de 300 pessoas por unidade, entre professores, pais, servidores e alunos com mais de 13 anos. O Centro de Ensino Fundamental 17 de Taguatinga obteve o índice mais alto de aprovação: 98,3%.
Transformação na Estrutural
Um dos exemplos mais emblemáticos da eficácia do programa é o Centro Educacional 1 da Estrutural, localizado em uma área de alta vulnerabilidade social. A diretora Vanessa Nogueira destacou que a presença dos militares mudou a realidade da comunidade:
“Nossa escola está em uma área de alta vulnerabilidade, e esse modelo de gestão compartilhada com a Polícia Militar fez toda a diferença. A unidade está 100% pacificada, e os estudantes agora têm acesso a oportunidades que antes eram impossíveis.”
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, também ressaltou os impactos positivos do projeto:
“A escola da Estrutural tinha histórico de evasão e baixos índices de aprendizagem. Hoje, a comunidade abraçou o projeto, e há fila de pais querendo matricular seus filhos.”
Depoimentos que comprovam resultados
A estudante Maria Eduarda Dias, de 13 anos, relata que aprendeu valores importantes desde a chegada do modelo:
“Aprendi a ter responsabilidade e respeito. A escola ficou mais segura, e os policiais sempre conversam com a gente sobre bullying e convivência.”
Para Byanca Barros, de 17 anos, a disciplina foi o principal ganho:
“Quando entrei, era tudo bagunçado. Agora é diferente: aprendemos sobre postura, respeito e convivência. Melhorou muito o ambiente.”
Segurança e desempenho em alta
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), os índices de criminalidade na Estrutural caíram drasticamente desde 2018. O número de homicídios passou de 20 para 11; os roubos a transeunte diminuíram de 554 para 195; e os roubos em coletivos, de 178 para 23.
O secretário de Segurança, Sandro Avelar, reforçou que os resultados vão além da segurança:
“A escola da Estrutural foi a primeira de gestão compartilhada e virou exemplo. Hoje temos alunos aprovados em universidades federais, inclusive em Medicina. É um modelo que une disciplina e aprendizado de qualidade.”
Expansão e consolidação
Instituída em 2019 com quatro escolas-piloto, a gestão compartilhada agora chega a 50 unidades em todo o DF, sendo 17 em parceria com o Corpo de Bombeiros e 8 com a Polícia Militar. Os militares que atuam nas escolas são da reserva remunerada, o que garante economia e aproveitamento da experiência desses profissionais.
O Governo do Distrito Federal destaca que o modelo não gera custos adicionais e será ampliado para novas regiões, priorizando áreas de maior vulnerabilidade social. Com a expansão, o DF se consolida como referência nacional na educação cívico-militar, unindo qualidade, segurança e cidadania.
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