Hairstylist e visagista Diogo Geovanne revela dicas para conquistar o visual dos cabelos naturais

O abandono das químicas de alisamento e o retorno ao cabelo natural, conhecido como transição capilar, tem ganhado cada vez mais espaço entre brasileiras. Profissionais de salões afirmam que a procura aumentou nos últimos anos, em movimento impulsionado também por celebridades como Anitta e Mel Maia.
A decisão, dizem especialistas, vai além da estética. “O cabelo é uma extensão da identidade. Ele expressa estilo, personalidade e até momentos de vida. A transição permite que a mulher se veja de forma mais autêntica e confiante”, afirma o hairstylist e visagista Diogo Geovanne.
Processo lento
O período costuma ser longo e exige paciência. A convivência entre a parte alisada e a parte natural gera desconforto visual e dificuldade de cuidados. “É comum querer recorrer à chapinha ou à escova, mas o calor quebra os fios e atrapalha a adaptação. O ideal é investir em finalizadores que realcem a textura natural”, explica Geovanne.
Segundo ele, produtos de tratamento profundo, como máscaras hidratantes e nutritivas, ajudam a manter a saúde do fio. Cortes em camadas e repicados também suavizam a diferença de texturas até a decisão final do chamado “big chop” — o grande corte que elimina de vez as partes com química.
Big chop sem regra
O momento do corte varia de pessoa para pessoa. “Não existe tempo certo. O big chop deve ser feito quando a mulher se sentir preparada emocionalmente para assumir o cabelo natural”, afirma o cabeleireiro.
Após o corte, os cuidados devem ser mantidos: uso de óleos vegetais e finalizadores adequados, proteção solar e rotina de dormir com touca ou fronha de cetim para evitar ressecamento e frizz.
Mudança cultural
Para além dos cuidados práticos, especialistas apontam que a transição capilar é reflexo de uma mudança cultural. O movimento ressignifica padrões de beleza e fortalece o reconhecimento da diversidade de texturas no país.