"O risco de demissões em larga escala afeta não apenas famílias e empresas, mas a confiança geral na economia", Pedro Ros, CEO da Referência Capital.

“O tarifaço imposto pelos Estados Unidos já começa a produzir efeitos claros na economia brasileira: contratos cancelados, estoques parados e férias coletivas em setores que dependem fortemente do mercado externo. Esse cenário gera incerteza para investidores e aumenta a percepção de risco sobre o país. O mercado deve reagir com maior seletividade na alocação de capital, exigindo disciplina financeira das empresas e clareza na execução de suas estratégias. Para quem empreende ou busca capital, o momento reforça a importância de apresentar negócios sólidos, com geração de caixa previsível e capacidade de adaptação”, Pedro Da Matta, CEO da Audax Capital.
“O tarifaço norte-americano pressiona setores exportadores com contratos suspensos, produção parada e risco de demissões, o que aumenta a necessidade de liquidez imediata. O mercado deve reagir buscando instrumentos alternativos ao crédito tradicional, que tende a se tornar mais seletivo em períodos de maior risco. É justamente em situações assim que os FIDCs ganham protagonismo, funcionando como ponte entre empresas que precisam preservar operações e investidores que buscam retorno ajustado ao risco”, Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX.
“Os dados mostram que as férias coletivas e o fechamento de unidades produtivas já são realidade em setores exportadores. Esse cenário naturalmente desperta preocupação, mas também exige novas estratégias. Para o mercado de startups, o melhor caminho é explorar soluções que permitam reduzir custos, abrir novos mercados e tornar negócios menos dependentes de barreiras comerciais. O investidor, por sua vez, tende a valorizar ainda mais empresas que demonstrem resiliência e escalabilidade. É nesse ambiente de instabilidade que muitos dos melhores negócios surgem, justamente porque empreendedores se veem obrigados a repensar modelos e acelerar internacionalização”, João Kepler, CEO da Equity Group.
“O congelamento de contratos e a formação de estoques parados em setores exportadores mostram como uma tarifa pode ter efeito imediato sobre a economia real. A medida de R$ 30 bilhões anunciada pelo governo dá algum alívio, mas os investidores sabem que isso não resolve o problema estrutural: a dependência do Brasil de poucos mercados compradores. O risco de demissões em larga escala afeta não apenas famílias e empresas, mas a confiança geral na economia. O mercado deve reagir com cautela de curto prazo, reavaliando riscos e ajustando posições, mas é também nesses momentos que surgem oportunidades para quem enxerga o médio e longo prazo. A necessidade de diversificação de mercados e inovação nos setores mais atingidos pode abrir espaço para novos negócios e parcerias internacionais”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
“Os dados mostram uma queda brusca nas exportações após o tarifaço, com setores estratégicos já anunciando férias coletivas e cortes de produção. Esse cenário amplia o risco de demissões em massa, o que inevitavelmente pressiona a confiança dos investidores na economia brasileira. O mercado tende a reagir com maior aversão ao risco, refletindo em volatilidade no câmbio e na bolsa, além de maior cautela em novos aportes. Olhando para o setor de crédito estruturado, o impacto é direto na análise de risco, empresas com forte dependência das exportações aos EUA terão seus fluxos de caixa comprometidos, exigindo maior seletividade na originação e reforço nos mecanismos de proteção”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
“A queda abrupta das exportações após o tarifaço imposto pelos Estados Unidos já pressiona setores estratégicos como madeira, calçados e armamentos, que representam milhares de empregos diretos. O risco de demissões em massa não afeta apenas as famílias envolvidas, mas gera um efeito dominó no consumo, no crédito e na confiança dos investidores. Quando empresas interrompem operações ou acumulam estoques, a necessidade de caixa imediato cresce, nesse momento, o crédito estressado ganha relevância como alternativa para evitar a judicialização precoce de companhias em crise. Esse cenário amplia a demanda por soluções de reestruturação financeira e gestão de passivos, pois muitas companhias precisarão renegociar dívidas para atravessar o período de instabilidade”, André Matos, CEO da MA7 Negócios.
“O tarifaço já começa a provocar gargalos de liquidez em setores exportadores: contratos cancelados, estoques parados e produção suspensa. Esse quadro pressiona o caixa das empresas, que precisam de alternativas rápidas para não recorrer a demissões em massa. É nesse contexto que os FIDCs se mostram estratégicos, pois permitem antecipar recebíveis e transformar ativos travados em fluxo imediato de capital. O mercado deve reagir com cautela, mas também com pragmatismo: as companhias que souberem estruturar instrumentos de crédito alternativo terão mais condições de preservar empregos e sustentar operações”, Gustavo Assis, CEO da Asset Bank.
“A adoção de férias coletivas em setores como madeira, calçados e armamentos mostra que as empresas estão ganhando tempo antes de partir para medidas mais drásticas, como demissões. Esse é um sinal de alerta importante: se os empregos começarem a ser cortados em larga escala, o impacto vai além do trabalhador desligado e afeta diretamente consumo interno, arrecadação de impostos e confiança dos investidores. O mercado sabe que o desemprego é um dos indicadores mais sensíveis para medir a força da economia. Em momentos assim, a liderança empresarial precisa agir em duas frentes: garantir liquidez para manter operações e preservar a cultura organizacional, para que a produtividade não seja corroída pela insegurança dos colaboradores. A história mostra que companhias que protegem seu capital humano durante crises retomam a performance mais rápido quando o ciclo vira”, Jorge Kotz, CEO da Holding Grupo X.
“Esse tarifaço coloca o Brasil diante de um teste severo de capacidade de resposta institucional e resiliência corporativa. A via crítica para mitigar os danos: novas rotas de exportação, renegociação de tarifas e um pacote de apoio emergencial que evite que ações defensivas, como as férias coletivas, evoluam para demissões em massa, o que seria o pior dos cenários para manter a confiança no ambiente econômico”, Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.
“O acúmulo de estoques e a queda abrupta das exportações para os Estados Unidos mostram como as empresas precisam estar preparadas para imprevistos externos. O impacto do tarifaço não é apenas econômico, mas operacional: linhas de produção paradas significam custos elevados e risco de perda de competitividade. A resposta deve ser estrutural, com foco em eficiência, revisão de processos e compliance. Quando a companhia reduz custos de forma inteligente e melhora sua performance, ganha fôlego para enfrentar crises sem comprometer o futuro. É isso que o mercado deve buscar neste momento: resiliência construída na base da gestão”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
“A retração das exportações e o risco de demissões em massa reforçam a volatilidade que já vinha sendo percebida no mercado. Para o investidor, isso significa uma necessidade ainda maior de diversificação. Os ETFs se tornam instrumentos estratégicos nesse ambiente, porque permitem ao investidor acessar diferentes setores e geografias de forma simples e com baixo custo. Enquanto setores ligados às exportações brasileiras sofrem, outros mercados globais podem se beneficiar, e os ETFs capturam exatamente essa dinâmica de rotação de risco. O mercado deve reagir com cautela no curto prazo, mas para quem pensa em longo prazo, crises como essa oferecem pontos de entrada atrativos em índices diversificados. Educação financeira é essencial para que o investidor entenda que volatilidade não é sinônimo de perda, mas de oportunidade de reposicionamento”, Fábio Murad, Economista e CEO da Super-ETF Educação.