Evento acontece, simultaneamente, em 25 países e obras em aquarela botânica estão expostas na Galeria de Arte Casa Thomas Jefferson da 706/906 Sul
Está aberta até sábado, 14 de junho, à visitação gratuita a uma das mais impressionantes exposições internacionais de arte botânica do planeta. É a Worldwide Botanical Art Exhibition – Linking People to Plants Through Contemporary Botanical Art, que em português pode ser traduzido como "Exposição Mundial de Arte Botânica – Conectando Pessoas às Plantas por Meio da Arte Botânica Contemporânea". A exposição é organizada, simultaneamente, em 25 países, também em comemoração ao Dia Internacional da Arte Botânica (18 de maio). As obras em aquarela botânica podem ser vistas na Galeria de Arte Casa Thomas Jefferson, da 706/906 Sul. A técnica é exigida para a apresentação de estudos, pesquisas, papers científicos.
A mostra foi idealizada pela American Society for Botanical Artists (Asba), fundada por Diane Bouchier em 1994. A Asba é uma organização sem fins lucrativos que atualmente reúne mais de 1,7 mil membros individuais e 40 instituições ao redor do mundo, com o objetivo de fomentar uma comunidade ativa e vibrante dedicada à tradição e à prática contemporânea da arte botânica. No Brasil, os preparativos começaram por volta de 2023.
O tema proposto para todos os países participantes foi “Diversidade de Plantas Cultivadas”. Cada nação contou com corpo de jurados próprio. No Brasil, foram analisadas propostas de 65 artistas, dos quais foram selecionadas obras que compuseram a exposição nacional. Além disso, 40 ilustrações brasileiras foram escolhidas para integrar um vídeo internacional que reuniu trabalhos de todos os países e foi exibido nas exposições ao redor do mundo.
O corpo de jurados no Brasil foi composto por nomes renomados na arte e na botânica: Andrea Costa, Dulce Nascimento, Cristina Maria Klas, Marcos Antônio dos Santos Silva-Ferraz, Miriam Kaelher, Paulo Labiak e Rosane Quintela. O tema da exposição brasileira focou nas espécies botânicas nativas do país, incluindo híbridos naturais, mas excluindo qualquer híbrido criado pelo homem ou espécies exóticas naturalizadas.
A exposição celebra a biodiversidade nas culturas que têm sido estreitamente associadas à espécie humana ao longo de milhares de anos. O tema foi desenvolvido para chamar atenção à vasta variedade de plantas alimentícias e úteis disponíveis, em contraste com as poucas variedades atualmente utilizadas na agricultura em larga escala.
Assuntos da Exposição:
Culturas tradicionais / de herança
Qualquer planta cultivada para alimentação, desde arroz, milho, trigo, quinoa e capim-limão, até batatas, tomates, pimentões, abóboras e berinjelas; incluindo bebidas como chá e café, e especiarias como açafrão, baunilha e pimenta-da-jamaica. Culturas tradicionais cultivadas para energia, vestuário, moradia e medicina também são elegíveis. Isso inclui precursores de espécies utilitárias, como algodão, linho e linhaça.
Parentes selvagens de culturas
Plantas selvagens relacionadas a culturas alimentares e utilitárias importantes, que podem ser usadas em hibridização para aumentar a resistência a doenças ou adicionar outra característica importante. Exemplos: uvas selvagens, espécies de café, milheto selvagem, espécies selvagens de batata ou tomate, girassol, bananas, arroz selvagem. Alimentos selvagens comestíveis colhidos na natureza, como ameixas, limão-caviar, coco, frutas silvestres e a fruta lilly pilly.
Culturas antigas
Cultivos que vêm sendo cultivados há centenas ou milhares de anos. Exemplo: algumas variedades de sorgo, trigo, arroz, cevada, feijão-caupi, e nozes. Esta categoria também inclui alimentos cultivados, coletados e selecionados por povos indígenas ao redor do mundo: inhame (taro), milho, amaranto, abóbora, entre outros.
Serviço
- O quê: exposição Arte Botânica Brasil
- Onde: Galeria de Arte Casa Thomas Jefferson, na 706/906 Sul
- Quando: até 14 de junho, de segunda a sexta, das 8 às 19 horas e sábados, das 8 ao meio-dia.
