Levantamento conta com dados de 657 mantenedoras, evidenciando o papel transformador da educação católica na construção de uma sociedade mais justa e qualificada
No próximo dia 4 de dezembro, a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) apresentará a pesquisa “Impacto da Educação Católica para a Sociedade Brasileira” para parlamentares e convidados especiais no Senado Federal. O evento, que acontecerá às 14h, visa apresentar para a sociedade os resultados das redes de ensino católicas e seu impacto na educação brasileira.
O estudo inédito, realizado com base em dados do Governo Federal e das associadas certificadas pelo CEBAS (Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social), é referente ao período de 2022 e utilizou dados disponibilizados via Lei de Acesso à Informação (LAI) e Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) — além de informações encaminhadas pelas mantenedoras participantes.
Contando com dados de 657 mantenedoras, responsáveis por mais de 233 mil profissionais e 1,1 milhão de alunos, a Ir. Marli Araújo da Silva, presidente da Câmara de Mantenedoras e 1ª Diretora-Tesoureira da ANEC, afirma que a pesquisa é um marco na educação brasileira. Ela explica que o estudo foi desenvolvido para mostrar de maneira mais objetiva o resultado da atuação de todos os envolvidos com a Educação Católica no Brasil.
“A pesquisa da ANEC evidencia também o quão fundamental é o trabalho realizado pelas instituições educacionais católicas no Brasil. O trabalho dedicado destas 233 mil pessoas acaba capacitando as pessoas para se tornarem agentes transformadores não só da sociedade brasileira, mas do mundo”, acrescenta.
O retorno da Educação Católica para a sociedade brasileira
A pesquisa mostra que, para cada R$ 1,00 de imunidade tributária recebido pelas instituições, a Educação Católica retorna R$ 24,34 em investimentos diretos. Em 2022, o retorno total à sociedade alcançou impressionantes R$ 188 bilhões, considerando os aspectos econômicos, sociais e educacionais.
Considerando as informações da pesquisa “Demonstrativo de Gastos Tributários — Bases Efetivas”, da Receita Federal, as instituições católicas, que são instituições sem fins lucrativos, receberam cerca de R$ 2 bilhões de imunidade tributária em 2022. O retorno em investimento direto foi de R$ 38 bilhões. No caso do retorno total, o valor devolvido para a sociedade foi de cerca de R$ 188 bilhões.
Vale ressaltar que, além do impacto financeiro, o levantamento revela o alcance e a qualidade do ensino promovido pelas instituições educacionais católicas. Na educação básica, os alunos das escolas católicas se destacam com notas de redação quase 20% superiores à média nacional no ENEM e indicadores de alfabetização 42% melhores nas cidades atendidas. Já no ensino superior, as Instituições de Ensino Superior (IES) católicas obtêm desempenho 15% acima da média no Índice de Diferença de Desempenho Observado e Esperado (IDD).
Indicando o viés beneficente e do trabalho em prol da erradicação da pobreza, mais de 20% dos alunos das escolas católicas estudam com bolsas de estudo 100%, ou seja, gratuita total. Ao todo, mais de 115 mil alunos recebem bolsas de estudos nos colégios católicos. Outros indicadores bastante importantes da pesquisa exibem os bons resultados da educação católica na Educação Básica.
“Além dos pontos quantitativos, a pesquisa ‘O Impacto da Educação Católica para a Sociedade Brasileira’ traz informações qualitativas. Ou seja, o estudo demonstra a alta quantidade de municípios atendidos pela educação católica, o alto número de bolsistas e, ainda, a qualidade do ensino que estes estudantes estão recebendo”, argumenta Ir. Marli.
Apresentação reúne representantes de instituições educacionais no Senado Federal
Além da pesquisa “Impacto da Educação Católica para a Sociedade Brasileira”, as IEs católicas também apareceram em outros rankings do Governo Federal, se destacando, por exemplo, com 7 entre as 10 melhores instituições de Ensino Superior privadas. Recentemente, a PUC-RJ foi considerada a melhor universidade privada do Brasil e ocupa o terceiro lugar geral no país, conforme apresentou o ranking internacional Times Higher Education (THE) 2025.
Dessa maneira, o Pe. João Batista, presidente da ANEC, afirma que não haveria melhor momento para apresentar os resultados da educação católica para a sociedade, reunindo políticos e representantes das instituições educacionais no Senado Federal.
“As escolas confessionais possuem uma tradição centenária de excelência, sendo uma peça chave para a construção do nosso país”, afirma. Vale destacar, ainda, que as instituições de ensino católicas historicamente se comprometem em contribuir para as políticas públicas em prol de toda a sociedade, de modo especial as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, por meio de programas e políticas de acesso como a do CEBAS.
Segundo Pe. João Batista, desde o interior às principais metrópoles, as redes de ensino confessionais abrangem todas as regiões, oferecendo a mesma qualidade de ensino. “A educação católica é viva e, mais do que nunca, se apresenta como uma promotora para a universalização do ensino de alta qualidade. É um compromisso compartilhar esses resultados e mostrar o papel da educação católica para uma sociedade mais justa e qualificada”, conclui.
Sobre a ANEC
A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) é uma entidade sem fins lucrativos, de caráter educacional e cultural, representante da Educação Católica no Brasil, e reunida em comunhão de valores com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
A instituição atua em favor de uma educação de excelência para promover uma educação cristã entendida como aquela que visa à formação integral da pessoa humana, sujeito e agente de construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária e pacífica, segundo o Evangelho e o ensinamento social da Igreja.
A ANEC atua em 900 municípios do Brasil, realiza 172 obras sociais e tem como associadas 1050 escolas, que incluem Creche, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, e 83 instituições de Ensino Superior, que atendem a mais de 1 milhão de alunos, além de 353 mantenedoras.