Currículo de escola bilíngue faz toda a diferença no futuro do estudante

Modelo de ensino onde dois idiomas são usados simultaneamente em todas as disciplinas desenvolve capacidades que podem definir futuro das crianças


A preocupação dos pais em encontrar ensino de qualidade para os filhos, na intenção de prepará-los para quaisquer desafios profissionais futuros, tem levado muitas famílias a buscar escolas bilíngues para as crianças. A demanda aumenta no início do ano, quando pais e mães ainda decidem onde matricular os estudantes. O que nem todo mundo sabe é que existe uma diferença muito grande entre escolas bilíngues e aquelas que têm apenas um conteúdo estendido de aulas de inglês. A atenção a este detalhe na hora da escolha faz toda a diferença, quando se pensa em qualidade e em um ensino verdadeiramente internacional, onde não só a língua, mas uma cultura global também é ensinada.

Uma escola para ser considerada bilíngue precisa oferecer em torno de 50% do conteúdo de todas as disciplinas em inglês, por exemplo. Desta maneira o estudante vai crescer e se desenvolver naturalmente imerso em um universo bilíngue, onde vai aprender e se comunicar com fluência e segurança nos dois idiomas, de maneira muito natural. A explicação é da professora Denise De Felice, diretora da ONE School, escola bilíngue de educação infantil e ensino fundamental da Casa um Thomas Jefferson, em Brasília.

Crianças matriculadas em escolas bilíngues, desde as séries iniciais, terão um aprendizado diferenciado da língua inglesa, por uma questão neurológica, segundo Denise De Felice, que é pedagoga e pesquisadora na área de neurociências da aprendizagem. “O desenvolvimento neurológico do ser humano vai sempre nos dizer que quanto mais cedo ele entrar em contato com o aprendizado, melhor, porque o cérebro está mais pronto para receber informação”, explica a professora.

Critérios

A definição de critérios para uma escola ser considerada bilíngue está em uma resolução de 2020 do Conselho Nacional de Educação. Segundo Denise De Felice, o Conselho estabeleceu que é preciso que o currículo seja todo desenvolvido nos dois idiomas. “A escola bilíngue é uma escola que é brasileira e segue as normas da legislação brasileira. É uma escola que tem currículo e diretrizes com base no que está estipulado na base comum curricular. É uma escola que tem a segunda língua como parte do currículo, numa imersão maior”, explica a professora.

Dados da Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi) apontam que o País tem cerca de 1,2 mil escolas deste tipo e registra crescimento de 10% delas ao ano. É uma tendência, fruto de uma escolha cada vez mais pensada por famílias que buscam ensino verdadeiramente diferenciado. E elas estão certas, segundo Denise De Felice. “Quando os pais fazem a opção de matricular os filhos em uma educação bilíngue, eles estão fazendo uma opção por um estilo de vida. Vai muito além do que apenas colocar em uma escola para a criança ter aula de inglês. Optar por uma escola bilíngue significa falar que você está integrando a cultura junto e quando falamos de mundo globalizado, faz muito sentido ter essa educação que acontece em contextos bilíngues”, conclui.
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