A multiplicação dos peixes nos supermercados mostra tendência crescente de vendas

Frescos ou congelados, aumento na oferta de variedades tem sido a aposta para atrair novos consumidores


Se antes, os peixes eram produtos encontrados apenas em locais especializados, o consumo crescente fez com que os supermercados investissem em uma maior oferta de variedades. A alta demanda fomentou toda a cadeia de produção e, de acordo com dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), os peixes cultivados no Brasil atingiram 860.355 toneladas em 2022, com receita de R$ 9 bilhões. Para se ter uma ideia da evolução do consumo, em 2014 a produção era de 578.800 toneladas, o que representa um crescimento total de 48,6% no país.

Queridinho no cardápio dos brasilienses, o consumo anual de pescado chega a quase 60 mil toneladas na capital do país. Como a produção interna é de 2,1 toneladas, 76% dos peixes consumidos no Distrito Federal vêm dos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Paraná. A tilápia, peixe que representa 64% da produção nacional, coloca o Brasil no ranking como o quarto maior produtor mundial. Em 2022, foram 6,5 milhões de toneladas, um aumento de 4% em relação às 6,25 milhões de toneladas de 2021. A estimativa para 2023 é de 6,7 milhões de toneladas, um aumento de 3,1% em relação a 2022 e de 15,5% nos últimos cinco anos.

“Sentimos o reflexo desse aumento. Com isso, passamos a contar com ilhas para peixes de diversos tipos. O consumidor busca cada vez mais o peixe em sua alimentação diária. Além dos frescos, também investimos em congelados, para as famílias que compram antecipadamente, com mais praticidade no dia a dia”, aponta Rossano Noleto Costa, gerente do Comper do Gama (DF). A estratégia de destinar um espaço de vendas para o pescado coloca os supermercados na liderança de vendas em relação aos outros locais. É o que revela um estudo feito pelo Instituto Axxus, startup com sede no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, em parceria com a Peixe BR. Na pesquisa feita em 2022, a maior parte (84%) dos entrevistados disse comprar peixe em supermercados.

A pesquisa revelou ainda que 83% das pessoas acreditam que o peixe é a proteína animal mais saudável. No caso da tilápia, por exemplo, 76,9% dos participantes disseram consumir a espécie, e boa parte deles está disposta a consumir mais. A percepção dos brasileiros é de que o peixe, além de ser saboroso e saudável, contém muitas proteínas, vitaminas e ômega 3, é de fácil digestão, ajuda a manter o peso, não tem gordura e tem poucas espinhas. A tilápia é citada entre os cinco pratos preferidos, ao lado de filé mignon, camarão, lasanha e filé de frango.

“Percebemos que o setor vem se industrializando. Temos vários fornecedores de tilápia, com várias marcas, principalmente entre os congelados”, explica Rossano. A praticidade dos congelados tem motivado as compras durante todas as semanas. Para quem acredita que o sabor e frescor do peixe se perdem quando congelados, a recomendação é apenas quanto ao preparo, que vai fazer a diferença nas receitas. “O congelamento mantém as características dos alimentos, desde que realizado de forma correta. Os peixes podem ser congelados por 3 a 5 meses. Quando comprados frescos, basta colocar em sacos ou recipientes de plástico. Para preservar seu sabor, o ideal é descongelar na parte inferior da geladeira por 24 horas antes do consumo e evitar que ele fique imerso na água ou descongelar em temperatura ambiente, ensina o gerente.
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